Insana sobriedade
Sou apenas um ponto de interrogação
Venho de onde ninguém mora
E moro onde nada existe
Sou apenas um vento parado
Mais que mexe seu cabelo
Tenho olhar de visão apurada
Sou o ultimo e o primeiro
Pra onde eu vou já sabia
De onde venho sinto saudade
Incomoda-me a nostalgia
Pois nada sinto na verdade
Aqui é onde um olhar implora
Um grito é sussurro
O oceano é uma gota
E a sobriedade vira distúrbio.
Aqui é um grande vazio
Ocupado por ninguém
Assemelha-se a multidão
De estrelas no alem,
Sou mais forte do que pensa
E o mais frágil que existe enfim,
Rompo as barreiras do tempo
Vou ao longe e volto pra mim
Estou pouco antes do infinito
Sei bem mais que expressão
Minha intensidade me faz distinto
Estou muito depois da sua compreensão...