Eu e a Poesia

se tudo que escrevo se transforma em mim
a poesia que me habita jamais terá fim
sou ser mutável que caminha pela vida
deixando nela minhas pegadas inseridas.

hoje desabrochei suave flor de lis
perfumei com alegria tudo que quis
semeei por onde passei palavras de ternura
envolvi com minhas pétalas as almas puras

amanhã quem sabe amanhecerei vulcão
lavas destruindo o que semeei no meu chão
a vida é louca... eu sou mutante...
mudo de estação a cada instante.

enfrento com coragem as mudanças
faço-me terna tal qual criança
sobrevivo com galhardia à dor
mas não resisto... morro de amor