A OBSTINAÇÃO

Quando me tornei parte da vida,
E reflexo da inconstância,
Deixaram-me! Mas eu não desisti!
Sabia eu; da minha importância!

Quando entrei num mundo desconhecido,
E neste mesmo mundo cresci,
Impuseram-me! Mas eu não desisti!
Sabia eu; do destino que queria seguir!

Quando fiquei só e os murmúrios eram em vão,
E as lágrimas não havia mais,
Ignoraram-me! Mas eu não desisti!
Sabia eu; qual barco eu era naquele cais!

Quando me encantei pelo amor,
E o coração estava renovado,
Descriminaram-me! Mas eu não desisti!
Sabia eu; que uma luz havia encontrado!

Quando relutei em não aceitar imposições,
E o sentimento era o mais sincero,
Desprezaram-me! Mas eu não desisti!
Sabia eu; quanto era recíproco este meu esmero!

Quando me perdi nos ruídos perturbantes,
E o silêncio era jóia rara que não se encontrava,
Debocharam-me! Mas eu não desisti!
Sabia eu; minha paz já despontava!

Quando enxerguei sozinho, a negra nuvem,
E o veneno foi espalhado por igual,
Acovardaram! Mas eu não desisti!
Sabia eu; que tinha que conter este mal!

Então o fiz...
Sem jamais desistir;
Mesmo não sendo compreendido;
Sabendo sempre da razão (da força) de agir!


Luciano Becalete
Enviado por Luciano Becalete em 18/04/2010
Código do texto: T2204257
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