A mente do poeta
Não pense em enxergar de olhos fechados
Pois apenas com olhos abertos pode-se ver
Não espere entender com a mente vetada
Pois só uma mente livre pode entender
Enfrente seus medos e isso que dizem
Mas se enfrenta-los eles morrem não e?
E quem pode viver sem medos me responda
Se são os medos que lhe cercam e lhe tomam
São os medos que lhe movem e lhe somam
Na alma a pureza de todo um ser
Não espere entender minha poesia
Pois não e para ser entendida
Minha poesia e minha mente escrita
E quem pode entender a mente de uma mulher
Ou ainda de um homem descontente
Não há ser no mundo mais complicado
Que um poeta desolado
E poetiza complica ainda mais
A situação já sagaz
Isso não e para se entender
Pois louca não se entende não e?
E esta mentecapta que vos fala
Tem medo de ser entendi
Pois um dia li
“Um desigual que nos entende
Rouba algo dentro de nos”
E só um burro quer ser roubado não e?
Sou o que sou, sou mais louca que sou
Pois minha loucura invade tua mente também
Pois minha loucura e mais tardia que a liberdade por asfixia.