O sexto sentido

O sexto sentido

Meu sexto sentido não tem sentido.

O sexto é o lixo embrulhado no meu

pretexto.

“Meu texto me testa” e por vezes me

atesta.

Faço a festa premeditada e ditada por

meus neurônios sinistros.

Nos meus registros, registro coisas que

permeiam meus ares esquisitos.

Eu morro varias vezes e ressurjo sujo

das cinzas negras mórbidas.

Mas com maestria em trilhas esperadas

dou uma sinistra risada.

Sabendo de tudo e meio mudo só escuto

não aceitando a marmelada.

Melada e doce, doce ou salgada uma ou

duas vidas desencontradas.

Sinto o mundo, sinto imundo e assustado.

Mas a real realidade desmerece meu só

ser impotente.

Meus dons em desuso quase um abuso

não me dá solução.

Perco-me e me acho no vasto verde dessa

louca imensidão.

O NOVO POETA. (W.Marques).