A mão garimpa
e retira da terra
um rude brilho.
Depois o peneira
(areia e bateia)
a lavar - sem demora -
o ouro que lavra
e a pedra que explora.
Essa pedra polida,
é pedra amada/danada
que atiça a cobiça,
feito miragem
na dura paisagem.
E retira dos trilhos
qualquer cidadão
da cidade ou sertão,
pois num instante
se vive ou se morre
(no desejo que escorre)
por um belo diamante.
Silvia Regina Costa Lima
20 de março de 2010
Obs: Eu aqui registrei e localizei este sentimento ruim num "Garimpo" - que era o nome original deste poema - mas a Cobiça é muito mais ampla do que somente isso, infelizmente e, por este motivo, dei maior amplitude ao significado alterando o nome da poesia.