Aurora
Se a tristeza recair sobre meu corpo
E eu me fizer de morto,
Tornarei meu ser absorto.
Os meus âmbitos me deixariam,
Minhas vontades não importariam,
Meus anseios cessariam.
E de que adiantariam os sonhos que almejo?
Não teriam sentido meus desejos,
As lágrimas que despejei,
O gosto daquele beijo,
Aquele pôr-do-Sol que não me esqueço.
Então por que me deixar abater?
O dia amanhã me fará esquecer
As lamúrias e angústias de agora
E um sorriso me virá com o raiar da aurora,
Me saudando como outrora:
“Bom ver-te novamente, aprecie suas últimas horas”