MÃOS VAZIAS!
De que adianta todo dia pensar,
Levantar... Agregar,
O ter... Só o ter... Ao invés do ser;
O correr... Correr...
Ao invés do prazer.
Ter tempo pra tudo,
Quando o tudo fica... Fica!
De que adianta alimentar o egoísmo,
Que tanto alimenta o ser egoísta...
De que adianta? Não sei...
Ou sei... Sei lá.
Triste verdade que nos assombra,
Confronta com “nossa verdade”...
De que adianta se o tempo avança,
Desvela tudo... E tudo que resta,
No triste fim de tudo,
É o ser que levamos,
O sentido que damos,
O amor que amamos,
O coração cheio... De amor,
De amor que cultivamos...
Nas mãos vazias que entrelaçamos.