De anjo não tenho nada,
as vezes posso até ser um anjo da estrada,
daqueles que todos acolhe
e no peito tudo recolhe.

Tenho uma necessidade de amor,
de paixão,
e preciso não precisar de nada
e me fecho na concha como uma pérola negra.

No fundo do mar escuro tento me esquecer da minha própria regra,
não quero a dor,
não quero amor,
não quero paixão,
nem tão pouco razão.

Mas... logo volto a me entregar.

Por mim e por todo o resto,
não me consideres um anjo,
porque se assim fosse,
já teria eu voado para longe.


Lu Goes
Primeira Publicação no Recanto das Letras em 03/03/2006
LuRubia
Enviado por LuRubia em 15/08/2006
Reeditado em 27/05/2010
Código do texto: T217398
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