Silenciado, porém homem !

O homem cambaleante,

já outrora ferido,

caído,

desfazendo-se em pedaços,

pedaço de humanidade,

humano por consequência...

O homem que hoje chora,

lamentador das agonias,

cheio de nada,

todo ao nada,

nada comum.

O homem sempre homem,

que noutros tempos modificava,

que noutras épocas transformava,

reciclava, deixava à frente das felicidades uma felicidade maior,

sim, este homem agora esse, demonstrativo e indefinido,

o que escreve, e escreve, e escreve.

E escrevendo, e mergulhando nos universos poéticos,

cheio de verve, embora resto,

cheio de espírito, embora morto,

cheio de melodias, embora silenciado,

esse homem,

essa figura,

essa vida...

Eis-me nas linhas acima,

agora mais homem do que nunca !

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 30/03/2010
Código do texto: T2167653
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