Silenciado, porém homem !
O homem cambaleante,
já outrora ferido,
caído,
desfazendo-se em pedaços,
pedaço de humanidade,
humano por consequência...
O homem que hoje chora,
lamentador das agonias,
cheio de nada,
todo ao nada,
nada comum.
O homem sempre homem,
que noutros tempos modificava,
que noutras épocas transformava,
reciclava, deixava à frente das felicidades uma felicidade maior,
sim, este homem agora esse, demonstrativo e indefinido,
o que escreve, e escreve, e escreve.
E escrevendo, e mergulhando nos universos poéticos,
cheio de verve, embora resto,
cheio de espírito, embora morto,
cheio de melodias, embora silenciado,
esse homem,
essa figura,
essa vida...
Eis-me nas linhas acima,
agora mais homem do que nunca !