A GLÓRIA QUE ME INTERESSA

Fui questionado se me perturba a perda do sucesso;

Se considero um retrocesso deixar de ser notório e glorioso;

Querem saber se para mim é doloroso deixar de ser o centro do universo;

E se por isso o meu verso se tornará menos viçoso!

Surpreendeu-me de tal forma essa indagação, que lhe respondo num poema;

Pra ver se amenizo o dilema de quem insiste em duvidar do que eu sou;

Se tal prestígio não me dei e nem me dou, caso se for não há problema;

Sequer o vi entrar em cena, pouco me importa se existiu ou acabou!

Eu sou um homem concentrado em passos plenos;

Flashes efêmeros não me iludem e nem me compram;

Se algo oposto de mim contam, não sinto muito e nem menos;

Pois é comum aos seres pequenos futilidades que se agigantam!

Sob os telhados da humildade eu aprendi que a Deus pertence toda glória;

O mais nobre homem não passa de escória, assim como seus feitos diversos;

O centro dos universos é Aquele que venceu a cruz e dividiu a História;

E se alguma honra houver em minha trajetória, tributo a Deus na simpleza de meus versos!

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