Soltos no mundo
As massas seguem a si
Sorrindo e chorando
Sem saber por que profundamente
E eu, tão sábio, também sigo em frente
Levado por elas
Minado, influenciado, contaminado...
Mais vulnerável que a vulnerabilidade média de seus componentes
Procurando uma legião
Procurando um lugar dentro delas
Reclamando do que consegui
Do que ainda não tenho
Do sentimento de que preciso ter
Seguem céleres, as massas
Num rumo desconhecido
Num percurso de prazeres e desgraças
Festejando ou maldizendo terem amanhecido
Eu, tudo indica, sou fração representativa
No meio delas, sou nada ou mais um
Com seus destinos às costas
Batalhando alguma cota
Tal como os tantos milhões de indivíduos
Como se cada um fosse especialmente merecedor
Soltos, desenfreados, carentes de amor...