As Respostas e o Silêncio...

As respostas me procuram no silencio do anoitecer,

São respostas que não quero enxergar,

São respostas que me nego a ver.

Respostas de perguntas que eu mesmo me fiz,

Respostas de perguntas que a vida me impôs.

Sob a luz da lua, sob o toque deste vento frio e implacável,

Sucumbir diante do silencio já é inevitável,

Silencio ensurdecedor, Silencio de uma imponência admirável.

Silencio este que é mais assustador que o bramido do leão,

Silencio que é mais temido que a voz do trovão.

Me enganei durante uma vida inteira,

Criei ilusões a fim de não acreditar.

Subornei minha consciência,

Para não me incriminar e nem me acusar.

Jamais serei capaz de resistir,

O ataque do silencio é sempre ao anoitecer.

Meu medo agora é constante, insistente.

Tenho medo de me ajoelhar, de me prostrar.

De não suportar a clareza e a sinceridade destas respostas.

É, parece que a hora é agora.

Mais um dia se foi, e, você não bateu em minha porta...

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LucianoTeixeira
Enviado por LucianoTeixeira em 28/03/2010
Reeditado em 24/09/2015
Código do texto: T2164731
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