Confissão
Quando penso em dizer
Ou simplesmente escrever
Não nego o intimo
Pois ele não trai
Carrega em si uma verdade
Uma força que aumenta
Expande e liberta
Digo ou escrevo a alma
Da alegria ou da dor
Da raiva ou da calma
Açoito com vara verde
O desânimo que às vezes aparece
E recomeço do zero se for preciso
Empreendo no vazio da incerteza
O projeto dos sonhos realizáveis ou não
E sobrevivo porque deles dependo
Sigo a trajetória como agente
E seguirei até o sol não surgir mais no poente