Anoiteci dentro de mim

Dentro do quarto recluso...

Incorro assustado pelo tempo

Sem nenhum motivo ou ressentimento

Em cada passo escuto o teu lamento

Selvagem se fez o dia...

E desse dia ocultei os meus desejos

Senti frio, fome e muito medo

Haja vista em mim a brisa fria que batia

Aos papéis amarelados nos arquivos

Acerquei-me dos afetos ora descritos

Apunhalei a minha vida nos vestígios

De um passado recentemente reprimido

Coragem... usurpei de ir à luta

Anoiteci exausto pela labuta

Preciso acreditar na estrada escura

Naquela estrela que do seu brilho me assusta