Devaneios Noturnos

~ Prólogo ~

A fumaça rodopia em círculos

Belos círculos que levam a morte

Mas não importa mais

Quando o importe é morrer

- Prologus venatorae pecatore –

Por que procuramos além dos véus

Se a verdade anda conosco

A vida que segue seu curso natural

Como um rio caudaloso

Em direção ao mar celestial

Quaero tua verita

Pax caelestis praemi est

Benivolentis animas acquiro vita aeterna

Ait Deum ut homini

~Alma que procura alento ~

Quando todas as respostas são insuficientes

Caçamos desesperadamente saídas

Para fugir de todos os temores

Que seguem a cena

Olhe por cima de teu véu

Dançarinas tentas nos distrair

Com tuas danças sinuosas

Para esquecermos quem realmente somos

Para nos desviar de nosso objetivo

A busca gradual por respostas

- Requiremus ob responsis -

Diversas mentes tentaram nos convencer

Declararam que eram santos

Que seus deuses eram maiores

Que as dádivas eram infinitas

Livros e mais livros contam historias

Diferentes livros dizem coisas diferentes

Por que eu deveria acreditar nisto?

Por que deveria me iludir com belas palavras?

Pulchrum verbum non iam fallere

Doles vitae didicisti ego vivere

Mea crux oneris est

~ Entre Luz e Escuridão ~

A morte parece convidativa aos peregrinos

Tão fustigante é esta jornada

Para terras que se dizem verdadeiras

Das quais ninguém nunca as viu

Teus rios de leite realmente existem?

Ou queimarei em um inferno escaldante?

São tantos caminhos que levam ao Paraíso

Mas qual realmente me levará?

Letreiros vendem o Céu

Vendem um Deus

- Homini labor, Sanguis honorabilis-

~ Razão ~

Mentes buscam ilusões desmedidas

Fugas da realidade em que vivem

Esse peso é tão grande

Mas ludibriamos a razão

Procuramos respostas em lugares vazios

Deixamos de usar a razão

Nesta loucura eterna

Perdemos-nos no fim

Não sabemos usar a consciência

Nunca saberemos utilizá-la

São raízes tão profundas

Cravadas em nossas almas

- O supplici est quod adpertinui nobis –

~Homens santos, Deuses infernais~

São veredas tortuosas estas

São sendas que conduzem as trevas

Caminhos estes que não podes voltar

És tu um homem corajoso?

“Inferi! Inferi! Diabolis!

Nigrum dies

Inferi est, malus est

Veritatis?”

Por que escolhemos caminhos nefastos

O céu está negro agora

O sol não brilha mais sobre nós

Por que estamos enclausurados

Sobe a pena de nossa própria morte

Escravos desta luxuria interminável

Por que caímos nesta lama?

Me salva agora

Meu caminho seguro

~ A Eterna Jornada Sem Fim ~

São tantos caminhos

São tantos pensamentos

O único desejo agora é a morte

Tão doce Morte

Somos entregues a nossa própria sorte

Escolhemos nosso próprio destino

Sujeitamos-nos a queda

Mas somos tão pequenos

Pequenos diante disto tudo

A itineris ob caelum

Ambulamus aeternitatis

A Aeterna Iter Sine Finem

Dark Nightfall
Enviado por Dark Nightfall em 27/03/2010
Código do texto: T2162085
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.