A direita da noite

Passamos mais uma vez

naquela viela mal iluminada,

no meio do nada daquela cidade.

Longe, perto,

distante, constante,

do que já se foi naquela noite.

Uma vez passamos ali,

aqui, acolá,

na viela a direita,

a direita da noite.

Noite sempre tediosa,

nesta constante passada na viela,

ali ao meio do nada da grande

cidade fria.

Grande imensidão de rostos

gélidos e indiferentes.

Friamente dispostos pela rua

naquelas tristes noites,

noites vazias e frias.

A direita da noite do nada.

24/03/2010