Painel da vida

Azulejos que agora vejo,
São ladrilhos do passado,
São memórias que trago,
Num coração amargurado.

Mas sem qualquer pejo,
Acelera, bebe apressado,
Num gole, num trago,
Bebe coração desfigurado!

Chegarei ao Mar pelo Tejo,
Neste frágil couraçado,
Sem embargo, sem estrago,
O mundo, aos meus pés,
Terei desbravado!

Espelhado neste modelo,
Outros quadros, formar desejo,
Enfim, estar interessado,
No amor, no meigo afago,
Pelo puro amor que cura e é curado.

Admirar na minha vida,
Cada azulejo, ali, assentado,
Ver um belo painel formado,
Que foi por mim criado!
Geraldo Mattozo
Enviado por Geraldo Mattozo em 18/03/2010
Reeditado em 13/07/2011
Código do texto: T2145358
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