ALMA DE POETA
Hoje eu cheguei às três.
Mas poderia ter chegado às cinco... Ou as seis.
Tanto faz!
O que importa é que sou poeta sem rumo
E por onde ando, vou deixando estórias pelo caminho
Um falso amor pra disfarçar a eterna dor
Um beijo sonhado e raramente beijado
Uma bebida gelada pra embriagar a alma abandonada
Um papel e uma caneta pra mentir sobre a vida
Às vezes uma vírgula mal acentuada
Ou uma borracha que apague a verdade mal contada
Mas o fato é que um poeta sonha e ama na mesma intensidade.
Com a mesma verdade de todos
A diferença é que transformamos lágrimas em champanhe
Chocolate em paixão.
Esse é nosso dom.
Mas depois que o caderno fecha...
“O que nos resta é solidão!”