ALMA DE POETA

Hoje eu cheguei às três.

Mas poderia ter chegado às cinco... Ou as seis.

Tanto faz!

O que importa é que sou poeta sem rumo

E por onde ando, vou deixando estórias pelo caminho

Um falso amor pra disfarçar a eterna dor

Um beijo sonhado e raramente beijado

Uma bebida gelada pra embriagar a alma abandonada

Um papel e uma caneta pra mentir sobre a vida

Às vezes uma vírgula mal acentuada

Ou uma borracha que apague a verdade mal contada

Mas o fato é que um poeta sonha e ama na mesma intensidade.

Com a mesma verdade de todos

A diferença é que transformamos lágrimas em champanhe

Chocolate em paixão.

Esse é nosso dom.

Mas depois que o caderno fecha...

“O que nos resta é solidão!”

luis lopes
Enviado por luis lopes em 18/03/2010
Código do texto: T2144788
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