eu e minhas flores
eu e minhas flores
eu e minhas pérolas
quando eu solto minha língua não há repertório que me segure
esbraveje você ou não mas sem minhas duras verdades você não fica
queira ou não mas você não vai pra casa sem o meu menu indigesto de palavras
desculpe mas não há mais tempo de pensar em você e no que me atirou
desculpe mas não consigo entender em que mundo podre você vive
esse seu umbral pra mim é tão colorido
mas não será eu quem ousará desmantelá-lo
não quero mais fazer parte desse seu “universozinho” mediano e leviano
infundado por suas causas grotescas e carnavalescas
e que um dia você possa a vir engolir pra si o que me lançou
não me importo com o teu passado
ou com o evento que te levou a ser assim tão hipócrita
quero mais que seus dentes tramem uns aos outros
e que do som agudo desse seu novo corpo
não saia sequer o elogio a sua amada que há tanto gostaria de fazer
eu e minhas flores
quantas vezes tive que deixar de regá-las
eu e minhas flores, quantas vezes tive que explicar o que não entendia
eu e minhas flores, quantas vezes fui burro ao pedir perdão
eu e elas, perdi o número de vezes que seria capaz de perdoá-las
minhas flores agora estão por ai perdidas
dando para quem quer as envasar
chorando por quem as encharcou de miséria em sons
pedindo clemência e soterrando a si mesmas em ódio ou arrependimentos
eu e minhas flores já não nos falamos mais
-vai me dizer que você não queria estar ali no meio daquela jaqueta de peles?-
eu e minhas flores nós já não nos vimos mais
eu rejeito as minhas flores
eu sinto piedade de suas vizinhas ervas daninhas
eu choro por suas pequenas pedrinhas ladeando-as
eu sinto pelos cascalhos de suas almas
e mesmo que dinamitem a si mesmas
ou cortem seus troncos singelos
de nada adiantaria
se você não voltar atrás
e corrigir esse mal dessa sua pressurosa raiz suja...
eu e minhas flores
eu e minhas pérolas
quando eu solto minha língua não há repertório que me segure
esbraveje você ou não mas sem minhas duras verdades você não fica
queira ou não mas você não vai pra casa sem o meu menu indigesto de palavras
desculpe mas não há mais tempo de pensar em você e no que me atirou
desculpe mas não consigo entender em que mundo podre você vive
esse seu umbral pra mim é tão colorido
mas não será eu quem ousará desmantelá-lo
não quero mais fazer parte desse seu “universozinho” mediano e leviano
infundado por suas causas grotescas e carnavalescas
e que um dia você possa a vir engolir pra si o que me lançou
não me importo com o teu passado
ou com o evento que te levou a ser assim tão hipócrita
quero mais que seus dentes tramem uns aos outros
e que do som agudo desse seu novo corpo
não saia sequer o elogio a sua amada que há tanto gostaria de fazer
eu e minhas flores
quantas vezes tive que deixar de regá-las
eu e minhas flores, quantas vezes tive que explicar o que não entendia
eu e minhas flores, quantas vezes fui burro ao pedir perdão
eu e elas, perdi o número de vezes que seria capaz de perdoá-las
minhas flores agora estão por ai perdidas
dando para quem quer as envasar
chorando por quem as encharcou de miséria em sons
pedindo clemência e soterrando a si mesmas em ódio ou arrependimentos
eu e minhas flores já não nos falamos mais
-vai me dizer que você não queria estar ali no meio daquela jaqueta de peles?-
eu e minhas flores nós já não nos vimos mais
eu rejeito as minhas flores
eu sinto piedade de suas vizinhas ervas daninhas
eu choro por suas pequenas pedrinhas ladeando-as
eu sinto pelos cascalhos de suas almas
e mesmo que dinamitem a si mesmas
ou cortem seus troncos singelos
de nada adiantaria
se você não voltar atrás
e corrigir esse mal dessa sua pressurosa raiz suja...