Venha buscá-las menina!!!

Outrora você me dizia...

O que pensava e o que sentia...

Confiava e comigo dividia...

E de repente... se calou!

É seu direito, não julgo...

Não peço, não busco...

Mas não diga o que é melhor...

Não, não o melhor para mim...

Sua escolha lhe é clara...

Baseada em seu sentir...

Mas não tome o meu sentir...

Como se igual ao seu fosse!

Minha escolha nunca foi o silêncio...

Minha matéria prima são palavras...

Aquietar-me pela sua ausência...

Não evitou o meu sentir... de sentir...

Sou compreensivo e inteligente...

E você certamente também o é...

Não diga o que devo sentir...

Para explicar sua incoerência...

A ausência é dor... eu sei!!

Talvez não a possa descrever...

Talvez até a sinta diferente de você...

Mas minha consciência não me cobra!

Não entendo a vida como você a entende...

Não partilho da idéia da submissão...

Destino e atitudes somos nós que escolhemos...

Não busco o mais fácil... nunca o busquei!

Mas te entendo e aceito tua escolha...

Respeito você, como a mim mesmo...

Entenda meus versos como desabafo...

Como uma poesia torta e sem rimas...

Precisava de alguma forma te dizer...

Que não é minha escolha o distanciamento...

Como parece ser que é a sua... e que...

Meu dom e minhas palavras sempre serão seus...

Venha buscá-las menina!!!

Vem “me” buscar...

Vem...

Vem!!

Marcelo Scot
Enviado por Marcelo Scot em 12/03/2010
Reeditado em 16/03/2010
Código do texto: T2134280
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