Cotidiano
E eu tratava de coisas da vida
como aquelas conversas de bar.
E contava à minha querida
como vivia em meu lar.
Eu cuidava do bem querer inocente
cada vez que me punha a sonhar
e deixava que o vento inerente
da paixão viesse soprar.
Mas na vida tudo são como ventanias
de onde vem, nunca se saberá
e arrasta folhas, paixões , agonias
e não se sabe quando voltará.
E depois do vendaval, a solidão
Daquele que tentou se agarrar
Mas pereceu junto à ilusão
Da vida querer decifrar.