Cotidiano

E eu tratava de coisas da vida

como aquelas conversas de bar.

E contava à minha querida

como vivia em meu lar.

Eu cuidava do bem querer inocente

cada vez que me punha a sonhar

e deixava que o vento inerente

da paixão viesse soprar.

Mas na vida tudo são como ventanias

de onde vem, nunca se saberá

e arrasta folhas, paixões , agonias

e não se sabe quando voltará.

E depois do vendaval, a solidão

Daquele que tentou se agarrar

Mas pereceu junto à ilusão

Da vida querer decifrar.

Marcelo Scot
Enviado por Marcelo Scot em 08/08/2006
Reeditado em 23/11/2006
Código do texto: T212225
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