Manhã
Pulo do sono, a dor me consome
como o martelo de ferro e berro:
Ai minha nuca! a dor como nunca
só dura enquanto vai a amargura.
Breve é o martírio, me vem o alívio
como fresca brisa que não avisa.
Perfeito momento é o alento,
estar de pé e uma xícara de café.
O sol ainda está preguiçoso,
pois as nuvens são o seu cobertor.
O tempo promete dia ocioso,
E a noite ser cheia de torpor.