PARADA DA VIDA

Sempre perco o ônibus

Mas, sempre estou na parada

Na busca constante

Para descobrir a estrada

Me distraio com os carros

As faces marcadas

Mas, ainda não encontrei

Uma outra cara

Ouço vozes alteradas

Em meio à fumaça

Mas, ainda não ouvi

Uma voz em estado de graça

Já tentei seguir passos apressados

Mas, todos foram sem rumo

Nenhum me levaram

A um lugar seguro

Por vezes insisti

No simples vagar

Mas, no coração senti

Que não podia parar

Então, todo dia

Perco o ônibus

Mas, sempre estou na parada

Esperando enfim

Que alguém me mostre

Qual é a estrada

Fernanda Alves

02.03.2010

Fernanda A Fernandes
Enviado por Fernanda A Fernandes em 03/03/2010
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T2118494
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