PARADA DA VIDA
Sempre perco o ônibus
Mas, sempre estou na parada
Na busca constante
Para descobrir a estrada
Me distraio com os carros
As faces marcadas
Mas, ainda não encontrei
Uma outra cara
Ouço vozes alteradas
Em meio à fumaça
Mas, ainda não ouvi
Uma voz em estado de graça
Já tentei seguir passos apressados
Mas, todos foram sem rumo
Nenhum me levaram
A um lugar seguro
Por vezes insisti
No simples vagar
Mas, no coração senti
Que não podia parar
Então, todo dia
Perco o ônibus
Mas, sempre estou na parada
Esperando enfim
Que alguém me mostre
Qual é a estrada
Fernanda Alves
02.03.2010