O SER-EM-SI, PARA O SER, NÃO É
MEDIUNIDADE FILOSÓFICA – PELOS ESPÍRITOS DE SÓCRATES E EMMANUEL KANT (DUETO)
Não sou o que queria
nem o que quisesse ser,
pois não sou o que devia ser;
sou um ser que seria,
se pudesse ter sido
ou querido não ser;
mas sou um ser que será
na medida que seria,
se, livre, pudesse ser
o ser que nunca fui;
sou um ser que seria,
se pudesse, no não-ser, ter sido;
não deveria ter sido ser,
mas um belo não-ser!
Pois nunca me foi dado saber
sobre meu ser-em-si,
- Fui, sou e serei?
Sinceramente, não-sei!
Nota do autor:
“Querer ser ou ter sido, não é ser. Mas tudo teria mais sentido, se não se fosse meramente ser, mas não ter sido o ser menos sentido, do que viria ser o tendo sido do então ser.”