Ah! As Escolhas!
Observo histórias pessoais,
Cujas escolhas ao longo do tempo,
Podem ser consideradas como irracionais,
Pois a colheita vem sendo só abatimento...
Detecto um inexplicável prazer
Em potencializar o sofrer.
São pessoas complicadas,
Completamente enroladas,
Sempre revoltadas!
Sentem-se rejeitadas...
Não percebem, porém, que elas mesmas,
É que mantém viradas as respectivas mesas.
Preferem os caminhos tortuosos,
Os caules mais espinhosos...
Ignoram as flores.
Alimentam-se de terrores!
Estão fechadas as suas janelas.
Acorrentaram-se às suas imaginárias tramelas.
São egoístas,
Extremamente derrotistas...
Detestam a claridade,
Desdenham a bondade...
São adeptas do drama
E péssimas na cama...
São cínicas,
Mínimas,
Agressivas,
Intempestivas...
Recusam-se a entregar,
Chafurdam no reclamar...
Escolheram os piores caminhos
E culpam seus destinos.
São difíceis de engolir,
Pior ainda, de digerir...
Não se cansam de esmurrar a faca.
No compartimento da evolução, perderam a vaga...
Subsistem a sós,
Acariciando seus nós.
Recusam-se a olhar para cima,
Ou alterar sua precária rima.
Estragaram sua encarnação,
Por terem sempre pronto o Não!