Ah! As Escolhas!

Observo histórias pessoais,

Cujas escolhas ao longo do tempo,

Podem ser consideradas como irracionais,

Pois a colheita vem sendo só abatimento...

Detecto um inexplicável prazer

Em potencializar o sofrer.

São pessoas complicadas,

Completamente enroladas,

Sempre revoltadas!

Sentem-se rejeitadas...

Não percebem, porém, que elas mesmas,

É que mantém viradas as respectivas mesas.

Preferem os caminhos tortuosos,

Os caules mais espinhosos...

Ignoram as flores.

Alimentam-se de terrores!

Estão fechadas as suas janelas.

Acorrentaram-se às suas imaginárias tramelas.

São egoístas,

Extremamente derrotistas...

Detestam a claridade,

Desdenham a bondade...

São adeptas do drama

E péssimas na cama...

São cínicas,

Mínimas,

Agressivas,

Intempestivas...

Recusam-se a entregar,

Chafurdam no reclamar...

Escolheram os piores caminhos

E culpam seus destinos.

São difíceis de engolir,

Pior ainda, de digerir...

Não se cansam de esmurrar a faca.

No compartimento da evolução, perderam a vaga...

Subsistem a sós,

Acariciando seus nós.

Recusam-se a olhar para cima,

Ou alterar sua precária rima.

Estragaram sua encarnação,

Por terem sempre pronto o Não!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 24/02/2010
Código do texto: T2104500