Existir

Na essência de um gesto ulterior

As mãos que me guiam

Sabem do horizonte os infinitos

A eternidade que me abriga

A verdade que percorro

Em meio a desertos e oásis

Um encontro de abismos e paraísos

Solidão na multidão interior

Desfaço-me em partes

E ungida de indiferença

Perco-me nas rotas vãs

Dúvidas nos caminhos polifurcados

Agasalho-me nas descobertas

Em momentos de tristezas e decepções

Perco-me da própria sombra

Procuro-me com arte no encontro

E pairo por vezes a escutar ecos

Talvez resquícios de sonhos ou pesadelos

É que ainda não sei de todas as rotas

Que me levam ao progresso

Mas sei que renascer dói