Carência

Oscila e trepida sob o inverso dos meus versos,

Tudo que está oculto nessas palavras não ditas,

Minha verdade parte, de encontro com a despedida,

E eu percebo na realidade uma parte da minha vida.

Desesperando na espera das horas certas que vem,

Pensando bem, se fazer o bem é mesmo a escolha certa.

Mas ás vezes é tão difícil ser aquilo que se quer ser,

Que se prefere perecer sendo aquilo que não se quer.

Escondo algumas falhas, outras nem são defeitos,

Componho notas de um destino, uma ode sem efeito.

Tão pouco que foi feito, que nem sou justa em dizer,

Ainda conto com a sorte, está sempre a me socorrer.

A vivência das memórias é uma forma de suplemento,

Assim não vejo a rotina me abatendo em todo momento,

Suprimindo os desejos, para não verter serpenteando,

Sorrindo de tempo em tempo, porém ainda te amando!

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 23/02/2010
Código do texto: T2104023
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