A SINA DOS POETAS

No toque da caneta

No marcar no papel

Surge a sina do poeta

Prisioneiro cruel

Nos cenários descritos

Nos mitos contados

Nas palavras escritas

Ato inseparado

Das utopias do amor

Das desilusões da paixão

Da revolta por injustiças

Dos sentimentos da multidão

Restando apenas ao poeta

Cantar a canção

Para a musa endeusada

Sonhos e ilusão

Nas palavras escritas

Encontrar o seu esplendor

Da vida sofrida

Sem muito louvor

Quando no ápice do sentir

Sensações, desejos, enfim

Guarda apenas nas páginas de um livro

Seus sonhos cheios de delírios

Na sina do poeta

Encontra o seu mito

Do sentimento

Sempre muito bem descrito

Mas, nunca vivido

Pela alma neutra

Que se torna recinto

Das palavras cheias

De todo sentido

Do poeta prisioneiro

Que só ver de longe

O viver o escrito

Fernanda Alves

13.02.2010

Fernanda A Fernandes
Enviado por Fernanda A Fernandes em 22/02/2010
Reeditado em 21/03/2016
Código do texto: T2101623
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