A SINA DOS POETAS
No toque da caneta
No marcar no papel
Surge a sina do poeta
Prisioneiro cruel
Nos cenários descritos
Nos mitos contados
Nas palavras escritas
Ato inseparado
Das utopias do amor
Das desilusões da paixão
Da revolta por injustiças
Dos sentimentos da multidão
Restando apenas ao poeta
Cantar a canção
Para a musa endeusada
Sonhos e ilusão
Nas palavras escritas
Encontrar o seu esplendor
Da vida sofrida
Sem muito louvor
Quando no ápice do sentir
Sensações, desejos, enfim
Guarda apenas nas páginas de um livro
Seus sonhos cheios de delírios
Na sina do poeta
Encontra o seu mito
Do sentimento
Sempre muito bem descrito
Mas, nunca vivido
Pela alma neutra
Que se torna recinto
Das palavras cheias
De todo sentido
Do poeta prisioneiro
Que só ver de longe
O viver o escrito
Fernanda Alves
13.02.2010