Tentação
Lá vem ele de novo...
Tão sútil e fabular,
Reacendendo as brasas,
Do meu escuso desejar.
Como pode haver ?
Duas linhas no pensar...
Como posso eu ! estar numa...
E para outra pular ?
Arrumar as malas, e viajar...
No mar da ilusão, me lançar,
E depois, de consumar,
Lamentar, minha colheita esperar...
Lá vem ele de novo...
Quando estou em paz,
Invísivel predador, me sondar...
Invadir e danos causar.
A revolução interior...
Desagregar boas funções,
Desmotivar, mágoar...
Desligar, infelicitar.
Abro os olhos, desancoro...
O mar da realidade é cruel,
Mas a volta ensina, prepara...
A brisa esperança no ar.
Procuro meu rochedo...
Aquela pedra angular,
É o meu porto seguro,
Quando ele novamente voltar.
Ele virá de novo...
É minha vontade escolher,
Se desejo ir...
Ou na rocha permanecer.
Lá vem ele de novo...
E sempre irá voltar,
Mas pode ser diferente...
E minha vitória alcançar!