Sonhos de longe
Deixa eu reclamar, que não há luz favorável sobre os meus sonhos,
nada que os incentive a ganhar qualquer olhar de considerável atenção,
estão sempre à leve sombra, penumbra, à espreita, quietos...
Dando espiadelas pro mundo, olhares meio tristonhos,
se perguntando “Quando há de ser eu a acontecer?”,pobre ilusão,
eles enxergam na vida um mar de rosas e nas estrelas seu próprio teto...
São doces, ingênuos, e quando os digo argumentos cheios de razões, medonhos,
que eles são sonhos apenas, nada de fato, só imaginação,
eles retrucam, insistem em dizer-me sempre, que para serem fato, estão tão perto.