Destino
Abandonei minha semente,
minha carne
[o mesmo rosto]
aos pés de Cloto.
Acumulei a sorte
E como oásis bem cuidado
dei a Láquesis.
Amolei a navalha,
e sem desgostos
presenteei a Átropos.
Não tenho mais nada.
Mas agora tenho tudo.
Comprei-me o Destino.
E, tal coisa que, como comprada
perde o valor
Deixo-o perdido na
ilusão do tempo...
Quando crer não mo pertencer mais,
preocupo-me
e corro atrás.