A LUZ DO AZUL-NEGRUME
O vento devassa o tédio:
No lugar onde antes
Prosperava a atmosfera da ausência,
Florescem, agora,
Vagas de calor e humor psicodélico.
A noite em remanso
Absconde um turbilhão
De enigmas e perigos:
A prata da lua
Testemunha êxtases,
Dores, sonhos, estertores, uivos assassinos, a marmórea secura
Que se propala pelo universo infinito!
O olor da urina
É o noturno perfume citadino:
Uma saudade visceral
Enlanguesce o corpo,
Embriagando a mente
De melancolia, alegria e nitroglicerina
Quando sorvo sentimentos de absinto e nicotina-saliva.
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