SER Humano... Eis a questão

A humanidade consiste nas ações

Na singeleza do olhar de uma criança

Nos lábios que balbuciam perdões

No bem estar que nos traz a esperança

O ser agradece pelo beijo, pela briga

Afaga a cabeça do moribundo

Não alimenta em sua volta a intriga

Lava as feridas do imundo

O humano reconhece que é pequeno

Sente as gotas do sangue precioso de Cristo

Chora, ri e se sente sereno

E em nenhum momento se envergonha por isso

O ser que é humano não guarda rancor

Não cospe o fel pois vive o amor

Que é grande e belo mas não tem sabor

Pois o paladar é pequeno para esse gostoso ardor

Apesar dos muitos adjetivos não há definição concreta

Que traduza numa alma pacífica uma verdade completa

Porque o ser é invisível e a humanidade direta

E as palavras ficam diminutas diante de uma vida que de momentos é repleta

O ser em espírito se faz sentir

O humano é sensível e tudo toca o coração

Das pessoas que as perguntas se fazem permitir

Ser Humano ou não ser, eis a questão...