Máscara

Mascaremos então o dia a dia

A cada noite mais distante dessa nossa agonia

Vivamos felizes com essa falsa folia

E presenteemos a dor com a nossa ilustre rebeldia

Que se rebelem os sentimentos

e entrem em greve esses nossos lamentos

Que sejam bem distribuídos e eternos

ou se calem pra sempre em meios mais ternos

Justos sejam, então pois

Os sentimentos que se relacionam com os outros

Para que se olhe o que vem depois

Com olhos iguais e soltos

Nessa direção que caminham

a linha tênue entre ódio e amor

que em nosso olhar sibilam

tão iguais em profunda dor

Sofrer por ambos é, então, normal

Sentimentos que tornam a situação igual

Soframos de mentira então

com dor ou com amor ao chão

Mascaremos a dor com o amor

E o sorriso de rancor

Que sairá do rufar do nosso tambor

Assistenciará essa tendência de fim para a dor

Abra seu sorriso, feche seu rosto

de qualquer maneira fugaz

com a mascará que seu coração trás

liberte a solidão para o fim do sofrer penoso

De norte a sul deste Mundo ou País

tanto faz, sigamos você e eu

transformemos cores em gris

Perfeitamente feita para bel prazer seu

De não mais sorrir

Mas não mais chorar

De apenas existir

E nunca mais se atrever a sonhar

Por que o vôo é um presente

E só os anjos os conseguem

Pois eles estão cientes

De que mortais não os seguem

Deixe em paz a solene tentação

de viver e atrever

Mascaremos essa emoção

de chorar pelo bem de seu fiel querer

Diego Menezes
Enviado por Diego Menezes em 06/02/2010
Código do texto: T2072057
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