Será que temos sorte?

Andei sobre uma dor muito decaída

Senti quem sabe uma ferida tão funda e doída

Não caiu mais em velhos truques

Não estou a fim de abaixar o volume

Quem pouco ouve se sucumbe

Vejo sempre as mesmas coisas

Pessoas não mentem quando estão malucas

Ou será que sim?

Será o fim?

Afinal o que será de mim?

Perguntas sem respostas

Não a saída

É mais um fim de linha

Sinais vermelhos

Não há carros

Só um velho esqueleto

É o fim?

O que eu fiz?

Eu mesmo que quis

Afinal o final esta na morte

E o começo? Eu que lhe pergunto

Somos capazes ou inúteis?

Saberemos quando entrarmos a sorte

A morte banhada em sorte

Não temos sorte

Apenas vivemos para enfim encontrarmos a morte.

Dekatria
Enviado por Dekatria em 04/02/2010
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