Diante do Tempo

Numa madrugada fria

O sono não me afetava

Eu tragava a esperança!

Enfiava-me num nevoeiro

Sim! Um nevoeiro

Curtia sem dó a cegueira

Num súbito fui à janela

Havia muitas borboletas

Suas asas se despedaçavam

As cores se multiplicavam

Na escuridão uma música

Prenúncio de tempestade

Sem querer o vento chega

Empurra a janela, sacode-a

Uma mão toca meu ombro

“vamos pra cama!”

Numa madrugada de fortes ventos

Eu beirava ao silêncio...

Mas um silêncio bem barulhento!

troclone
Enviado por troclone em 02/02/2010
Código do texto: T2064368
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