RETRATO FALADO

Olhares vigilantes, mesmo que distantes, seguem contemplando meus portões;

E tiram suas conclusões, julgando discernirem meus acessos;

Pecando por mediocridade ou por excessos, tombando nas próprias ilações;

Porque os cálculos estatísticos de suas impressões são múltiplos zeros!

Eu amo de tal modo a clareza que acabo me tornando obscuro;

É tão fácil ver-me que surge um muro, de tão comum redundo em exotismo;

Só não posso ser içado por abismo e nem acreditado por perjúrio;

Porque o meu balaio não é conluio, meu superego não é egocentrismo!

Quem sabe uma lupa lhes ajude a me enxergar;

E o silêncio ensine-os a me escutar, já que me calam noutras vozes;

Prometo dar-me em poucas doses, pra suas neuroses não curar;

E algum oxigênio doar, quando conseguirem decifrar minhas simbioses!

De fato eu sou mistério, posto que me revelo;

Sem dúvida me nego, haja vista minhas concessões;

Quem sabe o maior dentre os fujões, uma vez que me entrego;

Talvez até cego, já que enxergo – provável elo ao qual me sonego nas doações!

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 26/01/2010
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