ASAS PARTIDAS
Nadir A. D'Onofrio
 
Águia, assim me vejo...
No horizonte o destino
O sol a mostrar a rota
Ventos favoráveis constantes
E a impossibilidade sufocante.
 
Quisera ser mais eu
Isenta de responsabilidade
Esse peso que nunca pedi
E carrego desde que nasci
Sintoma, que só acresceu
 
Os dias de existência decrescem
A musculatura enrijece
Coração em ritmo descompassado
Sobrecarrega o que já está cansado
Parece mesmo que desfaleço...
 
Sinto as asas partidas
Uma dor cruciante
Tristeza contida na alma
Na vontade de voar incontida
A ânsia pela liberdade...
 
25/01/2010*00:21
Serra Negra/ SP


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