À MARGEM DO PARANOÁ!
À margem do PARANOÁ,
Senti um fio de vida se esvair,
Apertei os olhos, mas não consegui chorar,
A derradeira esperança senti extinguir!
Sorri um sorriso aturdido,
Minha alma passou a ser humana,
Enxerguei toda uma nação, em um único sentido,
O de viver uma vida insana!
Deus meu, porque que eu não sonhei?
Já que vivo em um sonho eterno!
Será que tudo que até agora busquei,
Não passou de um mero carinho fraterno?
Quanta ilegitimidade vi em meu ser,
Deixei meu sorriso esvair com o vento,
Não quero agregar culpa no que não é de meu merecer,
Mas também não quero ser parte de uma nação de espanto!
Oh Brasília do sonho material,
A ti os anjos subjugam,
És detentora de um sonho irreal,
Onde a compaixão dos homens mudam!