Duendes e Fadas

Nos sonhos que a noite abraça

Surge um duende sem graça

E uma fada flutuando

Com sua varinha brilhando

O duende quer oferecer o dom da tristeza

Espalhar a fome e a avareza

O egoísmo e a falta de amizade

Disseminar a estupidez e a rivalidade

A fada quer oferecer o dom da alegria

Espalhar a solidariedade que sacia

A partilha do amor e da compreensão

Disseminar a paz e o respeito em toda extensão

O duende por ser sério consegue aproximação

Engana com sua aparência o coração

Que muitas vezes amargurado pensa não ter salvação

E que seu caminho é mesmo ao lado da desilusão

A fada assusta por causa da luz que irradia

E muitos fogem de forma boba e arredia

Pensando que a felicidade não pode ser conquistada

E que a vida é uma eterna lâmpada apagada

Na escuridão da noite que trazemos

Todos os sonhos somos nós que escolhemos

Nós que decidimos se iremos os sonhos iluminar

Ou deixa-los na escuridão do medo a vagar

Duendes e fadas povoam nossos corações

Indicando-nos em um simples gesto duas direções...