O Menino e o Vento
e eu fico a ventar
dunas
e por-de-nós
enquanto a restinga nos passa
e o mangue separa-nos
de nosso povo
quase Norte.
quando tudo é movimento
(pairagens longínquas
em terras de lua e marés
a marcar-nos alma)
nado sou
mesmo a ventar
e me vem
Valnir
menino pés descalços
com seu sorriso de vila
paupérrima
a desvelar quem sou
ou quem estará por vir.
(areias brincantes
tudo é movimento
pó)