ALMA DE OPALA
Não sei se vivo numa brisa
com a leveza das fumaças
ou se rolo feito um seixo -
pedra de corte e de raça.
Alma de Opala, clara e lisa,
a carregar os meus milênios,
silenciosos e tão verdadeiros,
quisera o saber dalguns gênios.
Senhor, entanto eu não me queixo,
só que a solidão sobre os ombros
me rouba o encanto e o oxigênio,
causando melancolia e assombro.
Então, somente em débil protesto
(bem comum em muitos humanos)
é que, em desencanto, me atrevo
e Vos pergunto, feito o Jó insano:
- Meu Deus, Meu Senhor, até quando?!!
***
Silvia Regina Costa Lima
28 de novembro de 2009