O imperceptível
Na euforia pinto a lua,
Por curiosidade escureço o sol,
Feito louco inconseqüente me
Escondo na constelação, na imensidão
Do céu, me faço nuvem, nem sei que ora são!
Nas conseqüências dos atos, penso amanhã.
Se a lua ficou bela não sei,
Se ainda brilha, não vi! Se o sol não brilhar,
Pode ser que a nuvem o encobriu!
Essa curiosidade eu não tive, de eu fugiu.
Entre as estrelas fiquei, em uma delas
Transformei-me. Por muito e muito tempo
Na constelação me abriguei, ausente
Da terra por muito tempo eu fiquei.
Na imensidão do céu escuro, de uma nave
Um astronauta atento, a mim resgatou!
Sabia que aqui na terra ninguém
Ainda de mim saudades sentia?