Esquimós.
No extremo, eles habitam
Mas vivem, e melhor que muitos
Que aqui, exaltam
Tendo como toda paisagem
Arranha-céus e mais pilhas de concreto.
Sobre calor infernal
Ouve-se gritos de prazer
Não entendo o por que;
Gritam por estar encarcerados
Ao ar livre da poluição?!
Ou gritam de pura aflição..?
Sobrevivem há milhares de anos
Sem dinheiro algum,
Apenas com o oceano congelado
Belo iglu avistado!
De longe enxergamos só gelo
Que deles, é sagrado.
Em estado sólido,
Frio em excesso,
Que povo lindo é esse!
Que vive da caça
Que povo lindo é esse!
Que vive da pesca,
Isolados do mundo materialista.
Tendo seus trenós;
Cães companheiros;
Ao invés de carros
E amontoamento de aço
Que condena a visão.
Não existe diferença e,
Competições de beleza.
Seus rostos arredondados
Olhos negros e nariz reto
São seus traços...
Onde Coloração,
Não chama atenção.
Não sinto nenhuma vontade de sair
E olhar todo esse lixo
Que por nós, é construído
E ainda achamos excepcional
Todo esse egoísmo material.
Nos julgamos tão capaz
Vendo a televisão trazer a notícia
Longe da aristocracia
Bem protegida,
Que assiste atenciosamente
Os próprios humanos
Matando-se à preço de nada,
Que depois de assistidos
Continuamos e voltamos a jantar
Apenas uma parada!
Como se fosse completamente normal
E é...
Nos julgando racionais?
Meros irracionais!
Adestrados animais.
Dessa desigualdade!
Conseguimos conquistar com braço forte...
O canto e a cena
Tudo bem manipulada
Que assistimos todos os dias.
Trazendo a tona, pensamentos ruins
E ao pensar, fico triste
Só me resta fechar os olhos e viajar
Fugir para um lugar
E adormecer ao som dos pássaros
Ouvindo somente eles a cantar.
Acordando e, tendo como vista
A imensidão branca que sonhei,
Antes de voltar;
Apago esta memória
Para viver normalmente,
Esquecendo que voltei.