Branco e Vermelho.
Um pouco de branco no vermelho
Não o bastante para virar rosas
Nem tão raso para virar espelho.
No vermelho dos seus olhos,
Havia branco afamado
Resgatando sem perceber
O que havia apagado
Do vermelho aquele,
Que por você, sim, foi pintado.
Trocaste luz de alma
Por perturbação com fantasmas
E o sangue que borra o papel
Fez dele apogeu
Cortinas rasgadas, palmas!
Nova entrada...
Em branco mais uma linha se perdeu.
É cor do amor
É cor também, do esquecimento
Tão fosco de dor
Surge um brilho alvacento
Camisa de força, branca;
Sua ânsia avermelha
Fora-de-quadro espanta
Em foco, acromático espelha.