Flor indigente
Flor indigente
De passagem, colhi uma flor
Era uma manhã ensolarada,
Uma manhã sobre o Campo Santo debruçada.
Aspirei a essência da flor que estava comigo,
Ao amor que me dava, incondicionalmente,
Ofertei meu peito descoberto como abrigo.
Metáforas de sonhos estraçalhados,
De amores impúberes, desencontrados:
Vejo uma outra flor, despedaçada,
Atirada ao chão displicente,
Era somente mais uma flor indigente,
Cadáver jogado numa anônima calçada.
A eterna encruzilhada da vida é formada por três caminhos sem volta: Amor, Sonho e Negação. Chegando nessa encruzilhada, vindos do caminho da Realidade, devemos fazer a nossa escolha e, conseqüentemente, arcar com o peso da escolha que fizermos.
Cidade dos Sonhos, manhã da primeira Terça-Feira de Janeiro de 2010
João Bosco