Flor indigente

Flor indigente

De passagem, colhi uma flor

Era uma manhã ensolarada,

Uma manhã sobre o Campo Santo debruçada.

Aspirei a essência da flor que estava comigo,

Ao amor que me dava, incondicionalmente,

Ofertei meu peito descoberto como abrigo.

Metáforas de sonhos estraçalhados,

De amores impúberes, desencontrados:

Vejo uma outra flor, despedaçada,

Atirada ao chão displicente,

Era somente mais uma flor indigente,

Cadáver jogado numa anônima calçada.

A eterna encruzilhada da vida é formada por três caminhos sem volta: Amor, Sonho e Negação. Chegando nessa encruzilhada, vindos do caminho da Realidade, devemos fazer a nossa escolha e, conseqüentemente, arcar com o peso da escolha que fizermos.

Cidade dos Sonhos, manhã da primeira Terça-Feira de Janeiro de 2010

João Bosco

Aprendiz de Poeta
Enviado por Aprendiz de Poeta em 05/01/2010
Reeditado em 16/01/2010
Código do texto: T2012392
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