O ar que volta e engloba,
A mim sobe redondo,
Inteiro momento que empolga,
Neste movimento hediondo.
O ar da minha carreira,
Preenche o tom da agressividade,
Nesta desvairada intensidade,
Se desfaz, torna-se poeira.
SOPRO
O fôlego prensado,
Entre as duas paredes apertadas,
Apresentam o silêncio forçado,
O ar quente e dispensado.
O sentimento condensado,
Pelos canais estreitos,
A respiração angustiada,
E pelos homens todos desfeitos.
NOVAS POESIAS. Edinaldo Formiga. São Paulo: 28/11/09.