A Virada
A Virada
(Alex Louzada)
Estou no esconderijo dos isolados
Quarto bagunçado, alguns remédios e um copo de vinho na mão
No cabide algumas roupas semi sujas
No chão papéis, meias e guardanapos
Estou no escondereijo do meu quarto
Isolado, semi embriagado, disposto a não ir pra rua
Pois lá fora agora caí tanta chuva
E o congelador aqui de casa tá cheia de cervejas
A geladeira graças a Deus, também está cheia
Porém vazio está meu coração
E há aqueles que acreditam, na tristeza que propago
Ela é apenas um álibe, para que enquanto você leia, eu possa por desculpas, fumar meus cigarros
Que se inflamam no calor da longa jornada
As contas estão aí, todas pagas e pra virada, já está, tudo pronto
Normal como um dia após o outro
E mais normal ainda, como a minha carteira vazia, apesar de todo esforço depositado
Virada, fogos, Alegria e muito clima
Normal algumas coisas estarem cheias ou vazias, inteiras ou em cacos
Hoje é 31 de dezembro de 2009, é virada, não é finado
Mas esse dia 31 parece, como os meus dias de domingos, que se acabam no piscar de olhos
Nas promessas de outro dia, Derramado em muitos copos