VARIEDADES DE MIM
VARIEDADES DE MIM
Das minhas mãos o manejar
O trigo nas manhãs ensolaradas,
As jarras já quebradas,
E o cereal da fartura colhido.
Dos meus olhos o tímido olhar,
Para as roupas coloridas
Nos rostos enrugados,
Nas dores das pessoas sofridas.
Meus pés a caminhar,
Por entre as sementes, frutose,
No cacho abrangente, a celulose,
Que se dá à beira do riacho.
Meu coração se apaixonar,
Pelo pomar que vejo,
Partindo dentro de mim,
Construindo dentro de nós.
Esses são as vontades dos bons,
O labor nos variados tons,
Exprimindo seus diversos sons.
RASCUNHOS. Edinaldo Formiga. São Paulo: 12/12/09.